sábado, 7 de novembro de 2015

Apêndice: por que escrevi este livro.



A coisa mais surpreendente em escrever este livro foi ver o número de pessoas que tinham medo de lê-lo. Eles se recusaram, acreditando que eu tivesse uma agenda sinistra. Não apenas os estranhos, mas até mesmo amigos me encararam com estranheza. Se você se encaixa nesta categoria, então, por favor, pelo menos leia essa parte antes de me escrever.
Parece haver três preconceitos básicos que fazem as pessoas pararem de ler:

1)      Eu sou um racista que odeia pessoas de cor e principalmente os árabes e quero demonizar sua religião.  
2)      Eu sou um judeu, ou trabalho para judeus para promover uma agenda política judaica.  
3)      Eu escrevi esse livro para fazer uma lavagem cerebral nas pessoas para levá-las a um conjunto de crenças que levará a violência e opressão dos muçulmanos.

Poucas pessoas que terminaram o livro ainda pensam desse jeito. Alguns fizeram críticas construtivas que me ajudaram a melhorá-lo. É muito frustrante, todavia, escutar: “bem, eu não li, mas eu ainda não concordo com ele”.
Por esta razão eu vou tentar responder alguns desses tópicos na esperança que as pessoas leiam esse livro com mente aberta e tire suas conclusões dele.
Então começando com o primeiro tópico, o Islã não é uma raça de pessoas, tampouco é praticado por uma única raça do mesmo modo que se diz do Judaísmo ou do Hinduísmo. O Islã é um sistema de crenças, um código ético e um conjunto de ideias que guiam seus seguidores independentemente de seu grupo étnico. Há muitos muçulmanos “brancos” de países ocidentais que se converteram a essa fé. O Islã é o mesmo para essas pessoas do mesmo jeito que para um seguidor árabe ou um africano.
A razão pela qual eu me tornei interessado neste assunto foi através de um amigo que era árabe. Ele estava tentando pesquisar sobre o Islã em um site chamado Annaqed[1], que significa “o crítico” naquela língua. Felizmente este site tem uma seção em Inglês e eu comecei a ler coisas sobre o Islã que eu não tinha ouvido em nenhum outro lugar. Isto me levou a livros e sites que me deram uma compreensão dos princípios do Islã. Eu tentei explicar esses princípios neste livro.
Um especialista de origem islâmica que, não apenas me ajudou a escrever o livro, mas que também se tornou um amigo íntimo, é o professor paquistanês Daniel Scott. Como ele, eu acredito firmemente que as pessoas que têm mais a ganhar com uma abordagem honesta e uma avaliação franca do Islã são os próprios muçulmanos.
Em segundo lugar, eu não sou judeu e tampouco trabalho para judeus (aliás para ninguém). Se os judeus controlam ou não o mundo, ou se estão tentando governá-lo não é discutido no livro. Este livro é sobre Maomé e o Islã. Os judeus são apenas mencionados neste livro porque eles apareceram na vida de Maomé. Tentar contar sua história sem mencionar os judeus é como contar a história de Jesus sem mencionar os judeus.
Quanto ao fato deste livro ser uma propaganda com intenção de fazer lavagem cerebral nas pessoas, considere o que está escrito nele. Este livro contém fatos sobre a vida de Maomé e a religião islâmica. Estes fatos podem ser verificados com facilidade e eu tentei sempre que possível facilitar para que o leitor pudesse fazer a própria pesquisa. Uma pesquisa rápida pela internet ou uma ida a uma livraria islâmica é tudo que se precisa para verificar o que está escrito aqui.
Junto com tais fatos está minha própria interpretação do que eu quis mostrar com eles. Como todas as opiniões contêm preconceitos, eu tentei o máximo possível manter as coisas simples e lógicas. Ao fazer isso, eu espero encorajar aos leitores a pensar sobre o assunto e questioná-lo dentro de sua própria perspectiva. Como há muitas opiniões divergentes a respeito do que é ou não é islâmico, tentei me basear nos princípios gerais em que se baseia a religião.
Por favor, sinta-se a vontade para discordar de minhas opiniões. Iniciar um debate bem informado sobre o Islã é mais importante do que estar certo. Embora algumas pessoas discordem de minhas assertivas, ninguém ainda conseguiu explicar onde eu estou errado. Se você conseguir, por favor, escreva para mim.


Um comentário:

  1. Ainda não li tudo, mas o pouco que li achei muito interessante. É que estou pesquisando para um trabalho sobre a relação do Islã com os animais. Assim que terminar o trabalho, voltarei para ler mais sobre o assunto. Obrigada

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