sábado, 7 de novembro de 2015

26 Mutilação Genital Feminina



Narrado por Umm Atiyyah al-Ansariyyah:
Havia uma mulher que costumava realizar a circuncisão em Medina. O profeta (a paz esteja com ele) lhe disse: não cortes muito porque isso é melhor para a mulher e para que seja mais amistosa com o marido. (Hadice al- Sunan Abu Dawud, livro 41 número 5251).

Em outro hadice famoso, Abu Musa conta o que lhe disse Aisha:
O mensageiro de Alá (a paz esteja com ele) disse: quando um homem jaz entre os quatro membros (da mulher) e as partes circuncidadas se encontram, então é obrigatório o banho. (Sahih Muslim, livro 003, Número 0684)

Vários dos hadices definem a relação sexual legal (por motivos de pureza) como o ato no que as partes circuncidadas se tocam ou encontram. O que nos implica que tanto homens como mulheres estavam circuncidados[1].

Extrato da Wikipédia:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a MGF como: “todos os procedimentos que consistem na retirada parcial ou total dos genitais femininos externos e outras lesões dos órgãos genitais femininos por motivos não médicos”.
A MGF normalmente acontece nas meninas desde que tenham poucos dias de vida até a puberdade. Pode-se fazê-la em um hospital, mas o habitual é que o procedimento aconteça sem anestesia, e feito por uma pessoa que pratica as circuncisões de forma tradicional com uma faca, um canivete ou tesouras. De acordo com a OMS, se pratica em 28 países no Oeste, Leste e Noroeste da África, e dentro de algumas comunidades de imigrantes na Europa e E.U.A. A OMS estima que umas 100-140 milhões de mulheres e meninas em todo o mundo tenham experimentado este procedimento, 92 milhões tão somente na África. A prática se realiza naquelas comunidades que acreditam que isto reduz o desejo sexual na mulher.
A OMS inclui uma classificação com quatro tipos de MGF. Os três principais são: o tipo I, a amputação do prepúcio do clitóris (clitorectomia); o tipo II que é a amputação do clitóris e dos lábios menores e o Tipo III (infibulação) que é a extirpação da totalidade ou de partes dos lábios menores e maiores e, normalmente, o clitóris, além de costurar ambos os lados da vulva, deixando apenas uma pequena abertura para o sangue menstrual e a urina.
A ferida costurada se abre só para manter relações sexuais e dar a luz (Nota do autor: se inserem espinhos de acácia na vagina e se atam as pernas da menina para que não abra as pernas até que passem duas semanas e se tenha curado a ferida. Nesse momento se retiram os espinhos e se deixa uma pequena abertura). Aproximadamente uns 85% das mulheres que são submetidas a uma MGF, passam por um procedimento do tipo I ou II, somente 15% são submetidas ao tipo III, embora seja comum em vários países, como Sudão, Somália e Djibuti. Há procedimentos variados que costumam ser incluídos na categoria tipo IV. Vão desde cravar espinhos ou espetar agulhas no clitóris e nos lábios, até a cauterização do clitóris, realizar cortes na vagina para fazê-la mais larga (cortes gishiri) e introduzir substâncias corrosivas na vagina para estreitá-la.
A oposição contra a MGF se centra na violação dos direitos humanos, a falta de consentimento informado e os riscos para a saúde, que podem incluir o risco de morte por hemorragia, cisto epidermóide, e infecções vaginais recorrentes e do trato urinário.

Comentários do autor:
O YouTube costumava ter alguns vídeos bastante explícitos de pessoas praticando este procedimento em meninas pequenas. Pensei por um momento em incluir alguns enlaces, mas não fui capaz de levar a cabo uma grande investigação. Vi parte de um desses vídeos em que as mulheres da familia sujeitavam uma menina da idade da minha filha enquanto a “profissional sanitária” cortava seus genitais. Só consegui ver alguns segundos antes de apagar. Nunca esquecerei o horror dessa menina gritando enquanto tentava se soltar com desespero. Ao que parece, não é raro que algumas dessas crianças acabem com ossos quebrados porque os adultos se esforçam por segurá-las. Frequentemente, as tentativas de se soltar dão lugar a cortes mal feitos com consequências graves. Pode investigar por si próprio sobre este tema, mas devo avisar de que seja forte ao fazê-lo e consciente de que vai mudar a visão que tinha da humanidade.  
Sobre a base dos testemunhos do hadice, fica claro que a Mutilação Genital Feminina era comum na Arábia na época de Maomé e que não foi um invento islâmico. Também é verdade que muitos muçulmanos hoje em dia não a praticam. Para a sorte de muitas meninas muçulmanas, os principal hadice que recomenda esta prática não é um dos hadices autênticos (Sahih) como Bukhari ou Muslim, mas se trata do Hadice Abu Dawud. Ainda que esta seja uma das quatro coleções que se consideram confiáveis, existem algumas dúvidas, que ficam reflexadas nas diferentes interpretações dos diferentes grupos muçulmanos.
O Islã sunita representa 90% dos muçulmanos e conta com quatro grupos principais: Shafi’i, Maliki, Hanbali y Hanafi. Os Hanafi recomendam a prática da mutilação. É uma suna, ou comportamento recomendável para os Malikis e os Hanbalis e obrigatória para os Shafi’is [2]. Tal como já era de se esperar, nos países onde a escola de pensamento do Islã é a Shafi’i, a mutilação é bastante comum. Egito e Indonésia são Shafi’i e têm uma elevada taxa de mutilação. O novo governo pró-islâmico do Egito está estudando a opção de descriminalizar essa prática ainda que isto não vá supor uma grande diferença. Aproximadamente 97% das mulheres no Egito são mutiladas e 3% dos habitantes do país são cristãos.
Por azar, este tipo de procedimento já não se limita aos países islâmicos ou de terceiro mundo. Um artigo publicado recentemente no Herald Sun[3] de Melbourne, informou que 600 mulheres haviam recebido no ano anterior tratamento médico por motivos diretamente relacionados com a mutilação genital em um hospital de Melbourne (Austrália). E olhe que foi só um hospital, em apenas uma cidade, em apenas um ano. O mais provável é que este padrão esteja se repetindo em outros países ocidentais com população muçulmana. O artigo inclui testemunhos de profissionais sanitários que suspeitavam que as pessoas tiram suas filhas do país para que se leve a cabo o procedimento, ou inclusive, é possível que já aconteça na Austrália.
Germaine Greer, uma famosa ativista que luta pelos direitos da mulher, opinou sobre isto em um debate. Durante um programa de televisão expressou sua convicção de que a mutilação é “uma faceta legítima de identidade cultural”. Também insistiu em que não tinha nada a ver com a religião e deixou entrever que não deveríamos julgar estas pessoas com dureza, pois as mulheres ocidentais se mutilam com tatuagens e piercings[4].
Este argumento ignora por completo o fato de que mutilar o corpo é uma decisão pessoal, mas mutilar a força uma menina indefesa é algo ruim do ponto de vista legal e moral. Este deve ser um dos exemplos mais do relativismo cultural. Que uma feminista diga uma coisa dessas me deixa sem palavras.
 Quando descobriram que a Igreja Católica havia acobertado casos abundantes de abuso de menores, todos sentimos, é lógico, uma sensação generalizada de raiva e asco. Os jornalistas e os apresentadores se esforçaram para publicar os detalhes e fizeram apelo a sociedade por toda a parte.
Então por que este silêncio ou as desculpas esfarrapadas da imprensa e os que se autoproclamaram líderes de opinião? Onde está a indignação monumental ante este delito atroz? Por que nossos políticos não tratam sobre o tema? Por que não condenam ninguém? Por que estas meninas pequenas e inocentes não merecem nossa proteção? São vítimas indefesas dessas doutrina venenosa conhecida como politicamente correto.


[2] Reliance of the Traveller (Islam’s most revered Sharia Law manual)
[3] 5 de setembro, 2012. Herald Sun

2 comentários:

  1. Eu sei sim. Eu sei como sofremos nas mãos dos "humanos". Vendo isso,pergunto:cadê Deus?

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  2. A midia mais procurada em fazer propaganda anti-catolica que mostrar o lado perverso dos musulmanos.

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