sábado, 7 de novembro de 2015

24 A influência dos meios de comunicação



Os capítulos anteriores trataram sobre o impacto do Islã nos governos e universidades. Neste vamos nos centrar no modo como influencia os meios de comunicação.

Dinheiro
News Corporation de Rupert Murdoch é uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo. Um príncipe saudita é proprietário dos 7% das ações da empresa com um valor aproximado de três bilhões de dólares americanos[1]. Em novembro de 2005, dois jovens muçulmanos morreram eletrocutados enquanto fugiam da polícia depois de cometerem um delito. Os muçulmanos em distintas regiões da França saíram para as ruas noite após noite queimando os carros e edifícios. Um jornal britânico [2] publicou o seguinte:

O príncipe Alwaleed bin Talal bin Abdul aziz Al-Saud informou em uma conferência em Dubai que havia telefonado ao Senhor Murdoch depois de ver uma notícia que descrevia as revoltas como “distúrbios causados por muçulmanos”.
Assim falou o príncipe: “Telefonei para Murdoch e lhe disse que não falava como acionista, senão como telespectador da rede Fox. Eu disse a ele que tais distúrbios não eram de muçulmanos, simplesmente eram distúrbios”. Investigou o sucedido e chamou a rede Fox. Meia hora depois a notícia havia mudado de “distúrbios causados por muçulmanos” para distúrbios civis”.


Intimidação
Seguramente você se lembra do caso das charges dinamarquesas do profeta Maomé. Um jornal dinamarquês decidiu expor a (relevante) erosão sofrida pela liberdade de expressão. Para isso, publicou uma série de caricaturas que ridicularizavam o Islã e Maomé. Ainda que em princípio a resposta fosse tímida, um imame, que havia recebido a cidadania dinamarquesa sem problemas, se dedicou a viajar ao Oriente Médio alimentando o ódio em direção a Dinamarca e todo os produtos dinamarqueses. Se estima que as revoltas resultantes, assim como a violência e os ataques econômicos custaram aos dinamarqueses uns 170 milhões de dólares americanos. Os ânimos se acalmaram depois de que o jornal e o governo dinamarquês emitiram uma desculpa servil mas desde então os desenhistas entraram na crescente lista de jornalistas que necessitam proteção contra os muçulmanos 24 horas por dia, os sete dias da semana. Está claro que antes de qualquer agência de imprensa decidir criticar (ou apenas expor a verdade sobre) o Islã, terá que ter em conta as possíveis consequências.

Educação
Os jornalistas que cobrem as notícias sobre o Islã e o Oriente Médio costumam ser especialistas que cursaram estudos sobre a região na Universidade. A grande maioria das cátedras costuma ser financiadas por petrodólares do Oriente Médio (veja o capítulo 21 deste livro).

Governo
Ainda que em teoria cremos na liberdade de imprensa, na prática o governo sempre exerce uma certa influência mediante uma mistura de ameaças, recompensas, favores, etc. É portanto de esperar que o Islã aproveite seu poder com os governos para pressionar aos meios de comunicação, sobretudo aos que dependem do dinheiro público, como a BBC, cujo serviço de notícias árabes enfrentaram a graves críticas pela sua postura em defesa da jihad. Muitos opinam que os meios de comunicação estão em mãos de judeus e que lhes favorecem. Se esse fosse realmente o caso, veríamos muitos programas ou artigos realmente críticos do Islã.

Com um nível de controle sobre o governo, os meios de comunicação e as universidades, o Islã é capaz de influir em praticamente todas as demais instituições em nossas sociedades. Alguns exemplos óbvios são as escolas (as públicas com professorado formado nas universidades), a polícia (instituição pública), as editoriais (veja os comentários sobre a imprensa), o sistema judicial (depende de fundos públicos e seus integrantes se formaram nas universidades), os ajuntamentos (os votos muçulmanos), etc. Com um pouquinho de sorte, a estas alturas você já deve ter entendido o motivo pelo qual nunca tinha ouvido falar na vida de Maomé e a importância que tem para a sociedade atual.  


[1] Fonte: Wikipedia.
[2] The Guardian, 12/12/2005

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