sábado, 7 de novembro de 2015

22 A liberdade de expressão na atualidade.



A liberdade de expressão é um princípio fundamental nas sociedades livres de todo mundo. Não é uma coincidência que as nações que historicamente tenham defendido este direito sejam países Ocidentais: Canadá, Austrália, etc. Entre os países que restringem esse direito encontramos Burma, Coreia do Norte, China, Rússia, e todos os países islâmicos incluindo Irã, Iraque, Somália, Paquistão, etc.
As nações ocidentais protegeram a liberdade de expressão desde antes que a maioria de nós nascêssemos. Muitos, se é que não todos, pensam que as nações vão continuar protegendo sempre. Fica claro que as pessoas estão alienadas e não estão prestando atenção. Recomendo que se sente, pois a partir daqui a coisa começa a dar medo.
A organização para a Cooperação Islâmica é composta por 57 nações principalmente islâmicas. Este é o maior bloco com direito a voto nas Nações Unidas e durante anos trabalharam para convencer aos membros da ONU que proibissem as críticas às religiões (em especial ao Islã). Não faz muito tempo, estes esforços deram fruto.
Quando eu era criança, as pessoas sabiam que não poderiam chamar a polícia só porque alguém o havia ofendido. De fato, levar os insultos a sério é uma atitude considerada infantil. No entanto, nos últimos anos, uma combinação do multiculturalismo e a necessidade de ser politicamente correto corroeram sem descanso esta liberdade. Hoje, as pessoas que se expressam contra o Islã costumam acabar em tribunais, lutando por sua liberdade ou até mesmo indo parar na cadeia.
Na Dinamarca Lars Hedegaard, o presidente da sociedade danesa para a Liberdade de Imprensa, se viu obrigado a apelar de uma sentença condenatória por um delito de “discurso de ódio”. Estes são alguns trechos de um artigo que se publicou no Gatestone Institute[1]  (que selecionei):

Nota do editor: no dia 13 de abril de 2012, Lars Hedegaard, presidente da Sociedade Danesa para a Liberdade de Imprensa, apresentou uma petição ao tribunal supremo da Dinamarca para anular a sentença do Tribunal Superior do dia 3 de maio de 2011, depois de dois anos nos tribunais inferiores, pelas acusações de supostos discursos de ódio. De acordo com o artigo 2669(b) da legislação danesa, é irrelevante se o que alguém diz é verdade. As provas que confirmam a verdade não são admissíveis. A única coisa que importa é se alguém disse algo em público que possa deixar outra pessoa ofendida ou se o autor do processo considera que a sensação de “ofensa" foi justificada. Depois que o senhor Hedegaard falou em particular sobre o modo como os muçulmanos tratam a mulher, foi distribuída uma gravação com seus comentários, ao que parece sem informar nem solicitar seu consentimento prévio. A veracidade do que foi dito não se põe em juízo. Se espera que o veredito seja dado esta semana.

Esta é uma transcrição editada da defesa em julgamento:
Se nossa liberdade ocidental ainda significa alguma coisa, devemos insistir em que cada adulto seja responsável por suas crenças, opiniões, cultura, hábitos e ações.
Desfrutamos de liberdade política e religiosa. Isto supõe um direito em grande medida sem limite para falar sobre nossas inclinações políticas e crenças religiosas. Assim deve ser. Mas o preço a pagar por essa liberdade é assumir que os outros também têm o direito de criticar nossa política, religião e cultura.
Os porta vozes do Islã têm a liberdade para defender seu conceito de sociedade, que leva consigo a introdução de uma teocracia governada por leis dadas por Deus, como por exemplo, a sharia, a abolição das leis feitas pelos homens e em consequência, da liberdade de expressão e da democracia. São livres para pensar que a mulher é inferior ao homem com relação a direitos e a busca da felicidade. Os muçulmanos têm inclusive a capacidade de difundir estas opiniões.
Não lembro nem uma só ocasião neste país na que se haja levado a julgamento um porta voz do Islã por dizer que a lei sharia se converterá na legislação vigente no país quando a realidade demográfica e política permitir. Apesar do fato de que temos numerosos exemplos de imames que declararam abertamente que a imposição da teocracia é uma obrigação religiosa que se liga a todos os crentes.
Em troca esses teocratas e defensores da lei Sharia devem aceitar o direito dos que creem na democracia, as instituições livres e a igualdade entre as pessoas a criticar o Islã e se opor a difusão das normas culturais atávicas que praticam alguns muçulmanos.
O que tentei fazer é exercer, na medida da minha capacidade, este direito, quase diria, o dever, de descrever, criticar e me opor a uma ideologia totalitária. Meu discurso e meus escritos não tiveram outro propósito que o de alertar aos cidadãos do perigo inerente ao conceito islâmico de estado e de lei.
Não escondi o fato de que considero esta luta por nossas liberdades a batalha política mais importante de nossa era. Não seria capaz de viver me sentindo culpável se, por medo da condenação pública e do ridículo, decidisse não dizer a verdade tal como a percebo. Independentemente da resolução deste juizo, minha intenção é continuar com a luta pela liberdade de expressão e contra os conceitos totalitários de qualquer índole.

Enquanto isso, não muito longe dali em um país muito tolerante chamado Holanda, Geert Wilders do Partido pela Liberdade (hoje um dos partidos mais populares do país) foi a juízo por insultar o Islã. O caso tramitou, apesar do autor da ação ter desistido. Aqui temos alguns trechos de sua defesa (foi expulso do Reino Unido antes de que pudesse falar ali, por representar uma “ameaça para a harmonia da comunidade”).

Discurso de Geert Wilders:

Senhor presidente, membros do tribunal, eu me encontro aqui pelo que eu disse. Estou aqui por haver falado. Falei, falo e continuarei falando. Muitos guardaram silêncio mas não Pim Fortuyn, nem Theo Van Gogh, (ambos assassinados na Holanda por criticar o Islã) e eu também não.
Eu me vejo obrigado a falar porque os Países Baixos se encontram ameaçados pelo Islã. Tal como defendi em várias ocasiões, o Islã é principalmente uma ideologia, uma ideologia de ódio, destruição e conquista. Estou claramente convencido de que o Islã representa uma ameaça a liberdade de expressão, a igualdade entre homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais, crentes e não crentes. Podemos ver em todo mundo que a liberdade foge do Islã.
Dia a dia somos testemunhas da redução de nossas liberdades. O Islã se opõe à liberdade. Conhecidos acadêmicos de todas as partes estão de acordo com isto. Os especialistas que presenciaram confirmam. Há mais acadêmicos muçulmanos que o tribunal não permitiu que eu chamasse para testemunhar isso. Todos concordam com o que declarei, demonstram que digo a verdade. O que se julga hoje é essa verdade. Devemos viver com a verdade, disseram os dissidentes do Comunismo, porque a verdade nos fará livres. A verdade e a liberdade estão conectadas de modo inextrincável. Devemos dizer a verdade porque do contrário perderemos nossa liberdade. É por esse motivo que falei, falo e continuarei falando. As declarações que me levaram a juízo, eu as disse na qualidade de político que participa de um debate público em nossa sociedade.
Minhas declarações não se dirigiam a pessoas concretas, mas ao Islã e ao processo de islamização. Por esta razão, o Ministério Público concluiu que deveria ser absolvido. Senhor presidente, membros do tribunal, atuo de acordo com uma longa tradição que desejo seguir honrando. Ponho em risco minha vida em defesa da liberdade da Holanda. De todas nossas conquistas, a liberdade é a mais preciosa e é a mais vulnerável. Não é minha intenção trair meu país. Um político está ao serviço da verdade e portanto defende a liberdade das províncias e do povo holandês. Desejo ser honesto e atuar com honradez e por isso quero proteger a terra na qual nasci contra o Islã. O silêncio é traição. Por isso falei, falo e vou continuar falando. Pago todos os dias o preço da liberdade e a verdade. Me protegem dia e noite dos que querem me matar.
Não me queixo pois foi minha decisão começar a falar. No entanto, hoje não se julga neste tribunal aqueles que nos ameaçam, a nós, que criticamos o Islã. Me levaram a julgamento e eu não me queixo. Creio que é um julgamento político. Me comparam com os assassinos Hutus na Ruanda e com Mladic. Faz apenas alguns minutos que colocaram em dúvida minha sanidade mental. Me chamaram de novo Hitler. Eu me pergunto se vão denunciar aqueles que me difamaram e se ditas denúncias serão admitidas em trâmite. Com certeza não e não acontece nada, pois a liberdade de expressão também se aplica a meus opositores. Libertem-me, porque se a decisão é de condenar, estarão condenando a liberdade de opinião e a expressão de milhões de holandeses. Libertem-me. Não incito ao ódio, nem a discriminação. Mas eu defendo o caráter, a identidade, a cultura e a liberdade da Holanda. Essa é a verdade. É por esse motivo que estou aqui. É por isso que, como Lutero ao comparecer ante a Dieta Imperial de Worms, digo: “Não posso fazer outra coisa, esta é a minha postura”. Por isso falei, falo e vou continuar falando. Senhor presidente, membros do tribunal, mesmo que eu esteja aqui sozinho, minha voz é a voz de muitos.[2]  

Deve-se ter em conta que nestes casos, se trata de pessoas que os meios de comunicação costumam qualificar como “incitadores do ódio”, extremistas perigosos de direita ou nazistas, ainda que os dois estejam pedindo proteção para a liberdade de expressão para os muçulmanos (mesmo que alguns muçulmanos estejam tentando lhes matar).
Na Áustria as coisas não são muito melhores para Elisabeth Sabaditsh-Wolff, dona de casa e ativista de uma campanha contra a jihad, que dirige um seminário particular para explicar às pessoas o que é o Islã. Um grupo de esquerda inscreveu um observador no seminário e enviou uma gravação ao escritório do Ministério Público.

Extrato do Gatestone Institute[3]:
De acordo com a fala do juiz, Sabaditsch-Wolff havia cometido um delito ao dizer em seus seminários sobre o Islã que o profeta Maomé era um pedófilo (as palavras literais de Sabaditsch-Wolff foram: “Maomé gostava de meninas”).
O juiz considerou que as relações sexuais entre Maomé e Aisha quando esta tinha 9 anos não podiam ser consideradas pedofilia porque Maomé permaneceu casado com ela até a sua morte. Segundo isto, Maomé não apenas desejava menores de idade, como também gostava de mulheres adultas porque Aisha tinha 18 anos quando Maomé morreu.
O juiz sentenciou Sabaditsch-Wolff a pagar uma multa de 480 euros ou uma pena alternativa de 60 dias de prisão. Além disso tinha que pagar as custas do processo. Mesmo que possa parecer uma quantia pouco importante, dado que a multa se pagou em cotas de quatro euros durante 120 dias porque Sabaditsch-Wolff é uma dona de casa sem renda, a multa poderia haver sido muito superior se ela tivesse renda.

Na Austrália, dois pastores cristãos, Daniel Scott e Danny Nalia foram condenados de acordo com a legislação do estado de Vitória por insultos ao Islã. O Tribunal Supremo de Vitória respaldou a sentença apesar de que aceitou que nada do que haviam dito era mentira. Por sorte puderam levar o caso ao Tribunal Supremo da Commonwealth na Austrália, cuja falha em dizer a verdade não era ilegal e que o juiz de Vitória havia cometido mais de 100 erros na sentença original. Mesmo sendo absolvidos, sofreram cinco anos de pesadelo jurídico com um custo considerável para limpar seus nomes.

Estes são alguns dos pontos a destacar destas sentenças:
1)      Podem condená-lo por expressar uma opinião ou constatar um feito.
2)      A veracidade ou a falsidade destas declarações não parece ser relevante.
3)      As sentenças dependem de alguém se «sentir ofendido ou não».
4)      O governo decide quem tem direito a se ofender.
5)      Até agora só os muçulmanos desfrutam desse direito.
6)      As denúncias são admitidas para trâmites inclusive quando os autores não levam o processo a cabo.

Todos estes pontos de vista violam os princípios jurídicos em que se baseia nossa sociedade e, ainda assim, juízes supostamente bem preparados e independentes não têm reparos ao pronunciar sentenças condenatórias sem a mínima vergonha.
Outro dos pilares do nosso regime jurídico que os juízes parecem não compreender de todo é a força da lei. O que distingue uma sociedade livre é que somos todos iguais ante ela. Se um radar de velocidade parar o carro do primeiro ministro, este terá que pagar a mesma multa que um faxineiro de rua. Esta ideia marcou a mudança da era dos reis e déspotas, aqueles que legislavam em seu próprio benefício, para as sociedades democráticas que valorizam a liberdade de todos. Se o sistema jurídico levasse em conta esta tradição, o mais lógico seria que os muçulmanos que insultam as religiões e ideias de outros enfrentassem as mesmas consequências legais. 

 
                             (Na foto acima se vê a jaqueta florescente da polícia na margem a esquerda) 



Nestas fotografias, se vê agentes da polícia britânica presentes em uma manifestação que aconteceu em Londres pelas caricaturas dinamarquesas. Ao que parece, não eram conscientes de que incitar as pessoas a cometer um genocídio é ilegal na Inglaterra desde alguns séculos, inclusive se a pessoa é muçulmana.
Muitos desses princípios legais se originaram na Inglaterra faz séculos e foram a base da defesa contra a tirania nas sociedades justas e igualitárias em todo mundo. Infelizmente, o Reino Unido agora lidera o movimento que abandona rapidamente todos esses princípios para se adequar aos imigrantes que fogem da tirania de suas próprias sociedades.

Em 2011, Emma West, uma inglesa mãe de dois filhos, proferiu um discurso de insulto claramente racista (que pode se considerar crime contra a ordem pública) em um bonde na Inglaterra cheio de pessoas de varias raças, assegurando que a chegada massiva de imigrantes negros e polacos havia acabado com seu país e que deveriam regressar todos para sua casa [4]. Gravaram o vídeo com um telefone móvel e o vídeo viralizou quando foi postado no YouTube. A mulher foi presa imediatamente, foi ordenada sua detenção e retiraram a guarda de seus filhos. Depois de uma semana, o governo finalmente decidiu que não é ilegal criticar as políticas de imigração em público. Ainda assim, não a soltaram e decidiram que ficasse privada de sua liberdade para sua “própria segurança”.
Esta é uma violação direta do artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos que especifica que:

“Toda pessoa tem direito a liberdade de opinião e de expressão; este direito inclui não ser perturbado por causa de suas opiniões, poder investigar e receber informações e opiniões e poder difundi-las, sem limitação de fronteiras, por qualquer meio de expressão”.

Ainda há aqueles que opinam que se deveria deter aqueles que expressam opiniões racistas, outro juiz britânico não esteve de acordo. Quatro garotas da Somália compareceram ante este juiz porque uma câmera de segurança as gravou enquanto atacavam uma joven inglesa. O vídeo do ataque, no qual aparece não haver provocação alguma e que durou vários minutos, mostra claramente as quatro garotas golpeando e chutando com crueldade a outra garota até que cai ao solo (os chutes continuam) aos gritos de “puta branca” [5].
As garotas não foram condenadas porque a defesa argumentou que por serem muçulmanas não estavam acostumadas ao efeito do álcool. A diferença do caso de Emma West, que aconteceu no mesmo ano, aqui não se mencionou o “agravante por ódio racista”. Depois da sentença, uma das acusadas tuitou encantada: “Estou feliz, feliz! Esta noite saio para uma festa”.
Não existirá nunca um sistema jurídico perfeito. No entanto, nestas duas sentenças se notam diferenças no trato recebido que são demasiado radicais para que possamos explicar como mera preferência pessoal de cada um dos juízes. Se bem que possa ter entrado outros fatores, os fatos estão aí. Uma mulher foi encarcerada por expressar sua opinião. Sem ter em conta que dita opinião era de muito mal gosto, parece pouco provável que pudesse representar uma ameaça para o resto das pessoas que a rodeavam. De fato, nenhum dos viajantes apresentou uma denúncia.
Por outro lado, as quatro muçulmanas não apenas representavam ameaça de violência, senão que em seu caso cumpriram a ameaça até o limite de suas forças, aparentemente sem provocação nenhuma. Uma vez que os incidentes foram gravados em vídeo podemos ver tal como sucedeu  e como fizeram os juízes.
Dois anos antes disso, uma rede de televisão britânica emitiu um documento sobre extremistas islâmicos em uma mesquita em Birmingham[6]. Não se tratava de qualquer mesquita de um beco, era uma das principais do Reino Unido. Um dos jornalistas do documentário frequentou a dita mesquita com frequência durante uns meses e gravou em segredo o que acontecia dentro. Depois de um tempo, ganhou a confiança dos imames e eles começaram a levá-lo a reuniões secretas. Nestas reuniões, os pregadores falavam de ódio aos kuffar, aos judeus, aos britânicos e ao Ocidente em geral. Também eram partidários de derrubar o governo britânico. Este era um delito grave faz poucos anos, mas tudo indica que já não é ilegal no Reino Unido. Alguns destes sermões eram dados pessoalmente, outros se emitiam diretamente por vídeos da Arábia Saudita.
Como era de esperar, a polícia se pôs em ação na mesma hora. O que causa espanto é que a mesquita não foi acusada de nada, mas denunciaram o canal 4 por “discurso de ódio”. A polícia afirmou de forma estranha que a rede de TV havia editado as gravações dos sermões para que parecessem mais extremistas. Esta afirmação foi descartada depois por um tribunal, pois é impossível não se perguntar de onde tiraram essa ideia.
É difícil saber se estes incidentes são casos isolados ou sintomas de uma sociedade que se rende ante o peso de sua crescente condição dhimmi. O que me preocupa é que até mesmo debater esses temas é considerado um ato de maldade racista e islamofóbica.

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