sábado, 7 de novembro de 2015

11 A primeira tribo de judeus



A pilhagem da batalha de Badr se dividiu e Maomé ficou com os vinte por cento habituais. Isso era, e continua sendo, a base da divisão do que obtinham dos espólios da jihad (o líder espiritual fica sempre com vinte por cento). Chegados a este ponto, os seguidores de Maomé haviam começado a ganhar tanto em riqueza como em poder, o que fazia com que sua religião fosse muito mais atraente para os árabes do deserto, que se animaram mais que nunca a engrossar as filas de seus seguidores.
Depois da Batalha de Badr, Maomé perpetrou alguns saques com homens armados, atacando as tribos aliadas de Meca. Logo se centrou em uma das tribos judias de Medina.

O caso dos judeus de Qaynuqa
I545 Havia três tribos de judeus em Medina. Os Banu Qaynuqa eram ourives e viviam em uma fortaleza. Maomé disse que haviam quebrado o tratado firmado quando chegou em Medina.
Não ficou claro de que modo eles fizeram isso.
I545 Maomé reuniu os judeus em seu mercado e disse: “judeus, tenham cuidado para que Alá não faça cair sua vingança sobre vocês do mesmo modo que ele fez com os coraixitas. Tornem-se todos muçulmanos. Vocês sabem que sou o profeta que foi enviado. Encontrarão em suas escrituras”.
1545 Eles responderam: “Maomé, parece pensar que somos seu povo. Não se engane. Talvez você tenha matado alguns comerciantes dos coraixitas, mas somos homens de guerra e homens de verdade”.

I545 A resposta do Corão:
3:12 Dize aos descrentes: “sereis derrotados e encurralados na Geena. E que péssimo leito.Tivestes um sinal quando as duas tropas se enfrentaram: uma combatendo por Deus, a outra composta de descrentes. E os descrentes viram com os próprios olhos a primeira tropa duas vezes mais numerosa. Deus sustenta e socorre quem lhe apraz. Há nisso uma lição para os dotados de clarividência.

I546 Pouco depois, Maomé assediou a fortaleza da tribo judaica de Banu Qaynuqa. Nenhuma das outras tribos judias acudiu em sua ajuda. Finalmente, os judeus se renderam e esperaram uma matança depois de sua captura.
I546 Um aliado árabe, que tinha os judeus como clientes, se aproximou de Maomé e disse: “Maomé, trate com amabilidade meus clientes”. Maomé o ignorou. O aliado repetiu o pedido e Maomé continuou ignorando. O aliado puxou a túnica de Maomé, o que o deixou bravo e Maomé disse: “Solta-me”. O aliado respondeu: “Não, você deve tratar com amabilidade meus clientes. Eles me protegeram e agora você vai matá-los todos?Temo estas mudanças”.

A resposta no Corão:
5:57. Ó vós que credes, não adoteis por amigos os que, tendo recebido o Livro antes de vós, tratam vossa religião de divertimento e objeto de escarnio, e não adoteis por amigos os descrentes. E temei a Deus se sois crentes.

Comentários do autor:
O fato de que o Corão é a palavra perfeita de Deus é uma das crenças centrais do Islã. O Corão indica de forma muito clara aos muçulmanos que não devem ter amigos não muçulmanos. Podem ser amáveis com os kuffar, sobretudo para obter vantagens para o Islã. No entanto, se um muçulmano é verdadeiramente amigo de um kafir, então não é um muçulmano.
Quando tentam motivar um grupo de pessoas para que cometam atos violentos contra outro grupo, é importante que rompam os laços de amizade com eles. Qualquer comandante militar pode entender este conceito.
Durante o primeiro Natal da Primeira Guerra Mundial, os soldados alemães e ingleses saíram das trincheiras, cantaram canções de Natal e compartilharam os cigarros e as comidas. As potências se asseguraram de que isso não voltasse a acontecer. Para motivar as pessoas a violência é fundamental demonizar e desumanizar o oponente e Maomé fazia isso o tempo todo. Nunca falou dos seres humanos em conjunto, mas dividiu o mundo em muçulmanos e kuffar. Estes últimos eram descritos como o pior tipo de criatura em todos os aspectos (Corão 8:55) e qualquer ato contra um kafir estava justificado.
A Sira descreve o modo no qual Maomé animou seus seguidores para que assassinassem a seus inimigos e críticos, sobretudo aos judeus. Permitiu, e inclusive fomentou, o uso do engano para conseguir seus objetivos, frequentemente ganhava sua confiança para assassiná-los.

Excerto da Sira:
I554 O apóstolo de Alá disse: “Matem qualquer judeu que caia em suas mãos”. Ao ouvir isto, Muhayyisa se lançou sobre um comerciante judeu, que era seu sócio nos negócios e o matou. O irmão de Muhayyisa, que não era muçulmano, perguntou a Muhayyisa como havia sido capaz de matar um homem que havia chamado de amigo e sócio em muitos negócios. O muçulmano disse que se Maomé pedisse que ele matasse o próprio irmão, ele o faria imediatamente. Seu irmão disse: “Se Maomé pedisse a você que cortasse a minha cabeça, você faria?" "Sim”, foi a resposta. O irmão mais velho disse: “Por Alá, qualquer religião que leve a isso é maravilhosa”. Decidiu nesse momento que viraria um muçulmano.  
É surpreendente ver o que é capaz a maioria das pessoas. De experiência em experiência, os psicólogos descobriram que quando um grupo considera que um comportamento é aceitável, a grande maioria achará verá com bons olhos o que as pessoas “civilizadas” tachariam de “desumanos”.
Quantos japoneses pensariam duas vezes antes de comer um filé de baleia? Quantos vietnamitas acreditariam que fica mal matar um cachorro e comê-lo? No início da década de noventa, meio milhão de pessoas foram brutalmente assassinadas em Ruanda a golpes de machado por seus compatriotas. Nos anos quarenta, seis milhões de judeus foram exterminados na Europa, a maioria em mãos de alemães perfeitamente normais. No meu país, na época de minha avó, meninos de cinco ou seis anos eram encarregados de se meterem nas chaminés para limpá-las e muitos não saíam com vida.
Para uma mente moderna, este tipo de coisa parece detestável e ainda assim, há pessoas como nós que cometem estes atos. As religiões mantiveram uma influência poderosa sobre as sociedades. Quando as pessoas creem que têm autoridade outorgada por um Deus soberano, são capazes de passar por cima dos sentimentos normais e humanos de repulsa. Fica mais fácil justificar até o comportamento mais extremo quando todos os demais também o fazem.

Maomé não era só um líder religioso. Seus atos desde esse momento até a sua morte são quase todos de natureza política. Graças a jihad, se converteu em rei de toda a Arábia em apenas nove anos.
O Islã não é só uma religião. Tem um enorme componente político, igual ao Comunismo ou o Fascismo. Estes tipos de ideologias são muito perigosas porque é possível que um grupo pequeno mas fanático, que não suponha mais que 5% da população, se faça com o poder com consequências devastadoras. Uma vez que chegam ao poder, é impossível expulsá-los sem ajuda exterior.
O Comunismo durou aproximadamente setenta anos, o Fascismo apenas uma década, mas o Islã leva já 1400 anos e hoje é mais forte do que nunca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário