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Por que uma pessoa que não é muçulmana iria se interessar em ler a história de Maomé? Para muitos ocidentais, a vida do autoproclamado profeta[1] que morreu há mais de 1300 anos atrás, em uma parte distante do mundo, pode ser chata e até mesmo totalmente irrelevante. A verdade é que não é nem uma coisa nem outra. Durante sua vida, Maomé estabeleceu um movimento religioso e político que chamou de Islã, que abrange um quarto da população mundial e é de longe a religião que mais cresce no mundo. É importante destacar que na atualidade a influência desta religião alcança mais aspectos da nossa sociedade do que qualquer um de nós poderia imaginar.
Depois
de estudar a doutrina islâmica e sua história, eu logo descobri que quase tudo
o que é transmitido a nós com relação ao Islã, suas metas e sua influência nas
ações e crenças dos muçulmanos, está totalmente errado. Esta falta de
entendimento tem sido a causa raiz das horrendas falhas políticas em áreas tais
como “a guerra ao terror”, a política do Oriente Médio, o conflito árabe-israelense
e outros, que tendem a dominar nossos jornais diários.
Também
é claro que a razão para essas falhas é quase uma total falta de conhecimento
da doutrina islâmica entre os setores da sociedade ocidental; dos políticos,
acadêmicos, jornalistas, professores, e as pessoas que transitam pelas ruas.
Dado o aumento das ameaças dos “extremistas” islâmicos e o número crescente de
conflitos envolvendo muçulmanos, isto seria uma falha de proporções épicas.
Foi
precisamente por esta razão que eu escrevi este livro. Eu queria que fosse bem
lido, e, portanto, eu tentei fazê-lo tão simples e divertido quanto possível.
Também é um livro curto e evita discursões teológicas acirradas. Se você tem um
interesse no que há além das notícias e das histórias que ouvimos todos os
dias, você irá achar este livro interessante e relevante.
Ao
final, você deverá ter um bom domínio da doutrina do Islã, o que essa doutrina
espera dos muçulmanos e como ela afeta a sociedade na qual os muçulmanos vivem.
E mais importante, este conhecimento dará uma nova compreensão dos tópicos
envolvendo o Islã. Os conflitos ao redor do mundo, o terrorismo, a imigração, o
tratamento das mulheres, etc não podem ser bem entendidos sem uma compreensão
da doutrina islâmica.
Os
especialistas sempre concordaram que a chave para entender o Islã é a história
da vida de Maomé. Isso é bom, pois Maomé era um personagem extremamente
interessante.
Ao
contrário de qualquer outro profeta, Maomé também foi um líder político e
militar; insistindo que os muçulmanos deveriam lutar quando chamados a colocar
o Islã no controle de todo o mundo. Durante os últimos nove anos de sua vida,
ele e seus seguidores ficaram envolvidos em atos de conquistas violentas, com
uma média de um episódio a cada sete semanas. Na época em que ele morreu, ele
era o rei de toda a Arábia sem deixar nem mesmo um só inimigo vivo. A chave
para seu sucesso foi um novo sistema de guerra chamado Jihad que os ocidentais
frequentemente chamam de “guerra santa”, mas que é de fato mais do que isso.
O curioso é que mesmo que saibamos mais sobre Maomé do que sobre qualquer outro líder religioso[2], muito pouca gente conhece sua
história, mesmo no mundo islâmico. Isto não é um acidente. A vida de Maomé é o
exemplo perfeito para todos os muçulmanos seguirem, e ainda assim é a base para
a religião do Islã em si. Você poderia esperar que a maioria dos muçulmanos já estivesse
familiarizada com a história de Maomé, assim como os cristãos estão
familiarizados com a história de Jesus, mas não é o caso.
Os jovens muçulmanos são
ensinados a recitar o Alcorão em Árabe, mas são severamente desencorajados a
entender seu significado (quatro quintos deles nem mesmo fala Árabe moderno,
quanto mais o Árabe arcaico do Alcorão). De maneira geral, somente aqueles
muçulmanos que estão comprometidos o suficiente para se tornarem líderes
religiosos, ou imames, aprendem a verdade sobre a vida de Maomé. Do resto se
espera que sigam instruções desses líderes, que mantêm esses conhecimentos para
si mesmos.
Hoje, as populações muçulmanas estão explodindo ao redor do
mundo, enquanto que as taxas ocidentais de natalidade despencam. Mais de 90% de
todas as guerras e conflitos armados de hoje envolvem muçulmanos, e quase todos
os ataques terroristas (mais de vinte mil em apenas nove anos desde o 11 de Setembro[3]) são levados a cabo por muçulmanos jihadistas. O maior e mais influente grupo
de países nas Nações Unidas (apesar de carecer hoje de poder de veto) é formado
pelos cinquenta e sete países da organização para a Cooperação Islâmica, que
também controla a melhor parte das decrescentes reservas de petróleo do
planeta.
Nos próximos anos, estas tendências vão se acelerar com certeza, o que
outorgará mais poder ao Islã, não só em relação às vidas dos muçulmanos como
também com as vidas dos não muçulmanos, que experimentam mais restrições frutos
das leis e demandas originadas por esta influência em crescimento. Se alguém
deseja saber mais sobre como esse poder e essa influência crescente do Islã
pode afetar a vida do leitor, de seus filhos e de seus netos (acredite, isso
deveria interessar), então este livro é a forma mais fácil e rápida de fazer
isso. Se o que quer é obter um conhecimento mais sério sobre um tema tão
complexo, este livro é um bom primeiro passo que o guiará na direção correta e
servirá de base sólida.
Tony Blair, George Bush e outros líderes políticos do mundo, assim como
estudiosos, jornalistas e líderes de opinião do mundo ocidental insistem que o
Islã é uma religião de paz com uns poucos radicais violentos, furiosos com a
política exterior do Ocidente.
O Aiatolá Khomeine dedicou toda sua vida ao estudo da doutrina islâmica.
Converteu-se no líder espiritual e religioso da República Islâmica do Irã, além
de ser a máxima autoridade religiosa para o mundo xiita (as diferenças entre o
Islã xiita e sunita são bastante superficiais). Isso foi o que ele disse sobre
o Islã e a guerra:
“Aqueles que estudam a
Guerra Santa Islâmica compreenderão porque o Islã quer conquistar o mundo
inteiro. Aqueles que não sabem nada de Islã afirmam que ele se posiciona contra
a guerra. Essas pessoas são tolas”.